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Hugo Milhanas Machado

Hugo Milhanas Machado nació em Lisboa [1984] y reside en Galicia. Escritor breve y autor de variedades. Obra publicada: Poema em forma de nuvem [2005], Masquerade [2006], Clave do mundo [2007], Entre o malandro e o trágico [2009], As junções [2010], Uma pedra parecida [2013], Onde fingimos dormir como nos campismos [2014], Supertubos [2015], Salas bajas [2017], Um longo tempo nos pulos do mar [2018]. Profesor en la Cátedra de Estudios Portugueses – Camões, I.P. de la Universidad de Salamanca entre 2006 y 2019. Doctor en Filología Moderna [2015] por la misma universidad.

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Domingo na letra, esse tributo

De longas resistências ao sol

Mais os jogos de tão longe inventar

Medida e o estilo da gente.

Domingo na batida era aquele pulo

Nos tempos do mar e a palavra tomada

Sem ferros nem sacos teóricos: só querer

Os prestígios da universidade pirata.

Domingo contigo ou a bomba no soneto,

Prosa toda bailada em muros lentos,

Prosa toda no escorrega das variações.

Domingo no verso, que aí vão as valentes

Naves de glosas sem história, o entendimento

Das serenas tarefas do meu país.

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Abril de guitarras, correr o parque

Em desportos a língua de subir,

Guardaste a herança de um refrão batido

E músculo vivo da nação para querer.

Mas vai lento o navio, felicitas a

Colina da memória e localiza em pedra de farol

A frágil terra do teu regresso.

Vai o sol nos ombros da letra, estranhas viragens

De palavra toando a velocidade nova

Calor dos transportes, o passinho chão

Sílaba a sílaba embalado, como lá na praia.

E vai lento o navio, é enorme como os emblemas

Mas sabe a luz, a estradas a sul, o encosto

Silenciosa morada da guitarra familiar.